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escadaria em Pinheiros (SP) com homenagem a Marielle Franco |
Milhares de Marielles nascem, vivem e morrem cotidianamente,
nesse país onde a carne é fraca e a carne negra ainda é a mais barata, com exceção
no Carnaval, onde a nudez permissiva e permitida da
mulata alheia, não seja ela sua mulher, amante, ou filha. Morre-se e mata-se
simplesmente por nascer Marielle, Olga, Pagu, Maria bonita, Margarida, Dandara,
Elis...
Mas Marielle tornou-se bandeira,
denunciando injustiças, desceu do morro, ocupou a Sapucaí, fincou pé nas
ladeiras de Olinda, tomou rumos e rumos pela força de seu convencer. Marielle nome de luta, força e fé. Um ano
depois de seu covarde assassinato, o crime impune ainda marca o rosto inquieto
da Liberdade, os lábios da Justiça, os braços da Luta, o denunciar da Verdade.
Teu sangue, Marielle, pulsa em
todas as ruas onde o grito se cala. Teu exemplo estampa sorrisos, camisas,
bandeiras, muros e se escancara. Teu sorriso ainda incomoda os poderosos, que
agora temem teu nome, pedem a volta do sono, fogem de tua imagem que só se
multiplica e contagia quem tem sentimentos, sentidos, se importa.
Marielle, teu punho erguido
reflete a cor da esperança. Por isso és eterna. Agora. Não te esqueceremos.
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