Não
podem ter freios
Os
gritos da rua
Bandeiras
tortas
Nem
luvas nas mãos.
Os
punhos erguidos
Não
merecem ser
Conciliadas
entre
Aplausos
e fronhas.
Não
sairá das telas
Luminosas
Dos
Smartphones
Com
seus mil e um aplicativos
Programados
para vender
Ilusões
A
revolta.
Os
gritos das ruas
Não
serão
Nunca
Silenciados
Estejam
eles
Abafados
ou não.
Mora
a revolta
Num
Metrô
Estação
Joana Bezerra
Meio
dia e trinta.
A
raiva tá entalada
Bem
no meio da Conde da Boa Vista
De
domingo a domingo
De
segunda a sexta-feira
na
sardinha em lata
de
todo dia
e
que custava R$3,45.
A
ira tem hora e lugar
Cresce
na fila do banco
No
preço da feira
No
peso do pão. . .
E
minha poesia
surge
na luta
e
em momentos decisivos.
Não
vive de escolhas
Ou
de momentos
Contemplativos.
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