Um muito pouco de poesia
Pra gente suportar a lida
Alimentar a luta
Tecer projetos
Cutucar a onça
Com a vara curta
Mas
Não correr de medo
Não perder o tempo
Não sair de perto
Não temer remendo
E, se errar, errar
Vivendo. . .
Ano novo
Amor novo
Novo templo?
Há muita poesia
Nesse dia nublado
ou nesse cata-vento
Pra desviar da chuva
Colher os frutos
De janeiro
Amedrontar fascistas
Lembrar nossos heróis
Dividir (ainda)
Nossos sonhos
Até que se tornem
milagres
(Peixes, Pães , alimento, coragem). . .
Amor?
Amor
Poesia
Aperto de
Mão e
Beijo
Não serão os
Medos dos anos
O grito dos homens
As leis dos asnos
Os cabelos brancos
Que nos farão
Cessar o hino
Perder o ritmo
Dizer “quem sabe?”
Esses fascistas
Que hoje por aqui
‘governam’,
Saíram do túmulo
Catacumbas
Sepulcros caiados
Se ergueram dos
Mortos
De nossos mais odientos
Pesadelos
Para
Se tornaram velas
- mas, quem disse que
Temos medo
Ou que somos obrigados
Para sempre
A viver no escuro?
Lembram de 64?
O sangue de muitos
Trouxe ao país
Liberdade e porto
Seguro
Hoje se exige
Coragem
Para encarar o dia
E gritar
(não nas redes):
“abuso!”
O barulho da
Praça
Marcará o passo
Para esse ano novo
Construído
e sonhado
Juntos
Nem o calor
Do Recife
Nem a mancha
De óleo
nem a bainha
do guarda
O verde covarde da farda
Nem o bolsonaro
( Frankenstein da Burguesia)
Ousarão
Calar,
Varridos e jogados
Para o lixo da
História,
Nosso futuro....
Muito lindo
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