No intervalo da Luta...


Esperei passar a chuva, pra ver você sorrir e se erguer. Pra ver você sorrir dormirei tarde, cantarei as saudades, direi baixinho sem medo tudo aquilo que sei e que me pedir. Se for se esquecer, não fale nada. Se for pra esquecer, vê se, pelo menos não se esquece fácil, tente não esmorecer. Esperarei passar “o bonde e a esperança”, e a esperança cansa, dança, faz tudo perto do fim. É o peito apertado, o mundo inteiro pulando, mudando, sorrindo, fazendo pouco de quem não viu o ultimo por do sol se abrir, encantando a cidade que nos prende, aquela torre colorida distante e todos os segredos guardados, suspiros e beijos, os muitos adeus sem dizer palavra alguma, em um novo intervalo.
Esperei passar o vento e a brisa, o olhar vadio do dia, o acordar sozinho, a sede por te chamar, denunciar, só pra mim, teu nome, sacudir rumores, derrotar terrores, combater fatores, tudo pra te encontrar. Depois da luta, que não finda, faz aquecer o sonho, converter o sono, cada suspiro em teu ouvido, rendido, faz uma revolução em mim. Esperei passar cada par de um tudo, esperei mover o mundo, esperei o intervalo da luta para te ver e te fazer feliz. Esperei sim, ansioso, um abraço teu. E foi tudo tão lindo.

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