Epílogo...



Eriçando pelos
Dilatando poros
O gosto de tua
Língua viva
E quente
Derretendo
O gelo,
Deslizando leve,
Descobrindo limites
De teu corpo
Com a ponta de meus
Dedos...

A tentativa de aprisionar
Teu sabor,
Desvendar teu cheiro,
Emaranhar cada fio de cabelo,
Saborear teus beijos,
Dedilhar tuas coxas como
As cordas de um violão...

Sementes
Sem fim.

Olhando,
Corando teu rosto,
Segurando tuas
Mãos...

O gemido é
Música até o fim
Da noite fria,
Eterna,
Amiga,
Voltas e mais voltas
Sem, contudo,
Do lugar sair.

Se agarrando em você
Em mim...

“Uma luz que não
Produz sombra”...

Comentários