Meia hora e 5








Seria bom agora um abraço de “meia hora e cinco”. Te contar histórias bonitas em teu ouvido, coisas belas, só pra você sonhar e dormir. De manhã o sol viria discretamente, abrir sua janela, banharia silenciosamente seus pés com seus raios, pra te fazer despertar devagar. E deve ser bom te abraçar de leve, te ver dormir sem pele, tocar, cantar e sorrir. E nesse sonho o sol não deve vir sozinho; ele trouxe consigo alguns passarinhos, que é pra não te convencer sozinho.
E esse sou eu ou o sol, me esforçando, escolhendo as palavras certas para dizer de tua beleza daquela vez. Decifrar hoje, quase que inutilmente, sua beleza sutil, num céu nublado, escondendo as estrelas, em pleno abril. Eu, te escutando por horas, vendo você sorrir, contando (ou não) coisas da vida que nunca tem fim. De manhã, te abraçar, sentir teu cheiro logo de manhã. Carinhos e carícias. Te fazer feliz.
Que bobagem a minha! Nós dois e dois nós: um só telefone. Isso tudo e uma nova forma de te dizer um oi. Dizer que és bonita de manhã e azul-maçã, de tarde e de noite, sem precisar dizer bis até de manhã. Eu sozinho com meu telefone, pensando em ti. Mil formas exatas e erradas de te trazer pra perto, de novo, ao vento, de um outono, inverno, janeiro verão. Te desenhar nas nuvens. Escrever em poesias teus sorrisos, comentar com a tardezinha sobre teus cabelos. Te fazer eterna e pra mim. Sem fim. Como num sonho perfeito

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