A esperança dos que não tem destino





Por vezes as coisas parecem sem destino. Não vivemos. Procuramos algo distante, inexistente. Sonhamos. Buscamos um amanhã melhor, mais digno. E eu lembro de você. Te olho e entendo. Talvez, se eu fosse como você, também riria desse jeito. Não viveria assim. Agora escrevo com medo. Ao te ver assim queria dizer mil coisas, gritar bem alto, soprar em teu ouvidos:

“se for chorar, não chore de tristeza; chore de tanto rir. Chore de felicidade em saber que hoje vai passar, o ontem vai levar consigo suas marcas e que o amanhã ninguém sabe oque será. É inevitável.”

Não quero te ver chorar. O fraco, o idiota, o inseguro aqui sou eu. Eu e a minha pobre mania de inventar e enfrentar, reinventar. E você não possui um coração triste. Seja cínica. Seja falsa. Seja você mesma. E se um dia elas (as lágrimas) voltarem a te incomodar, estarei aqui, seguro, calado, discreto. Pra te dizer que ela não se perdeu; ficou guardada em mim. Pois não quero te ver chorar.

Comentários

  1. Sua rica mania de inventar e enfrentar, reinventar, criar e encantar...

    Lindas palavras...

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