Quinta feira. De manhã,
cinco horas na fila hospital para um atendimento desnecessário. “vá pra casa. você precisa tomar ferro”.
De tarde, não sei qual o motivo, razão ou demônio, o sindico do meu prédio
mandou cortar os fios da internet. Meia quinta feira, uma sexta e metade de um
sábado sem internet. Bem no meio da saída do ex-juiz do ministério. “Perde-se um monte de Meme!” sim.
Oficialmente o brazil é o país do ‘meme’. Começa uma pandemia? Faz um meme! Tem
gente morrendo? Tem meme! O presidente chama o povo para fechar o STF? Faz um
meme! A gente ri de fome e de medo mas mantém o sorriso aberto, feito o meu
sindico, que teve a brilhante ideia de mandar cortar os fios da internet só
para arrumar briga, passar vergonha ou ser lembrado em plena quinta de
quarentena chuvosa.
No sábado faltou água.
Imagina a tristeza em ter seu ritual matinal quebrado em dia santo. Não lavei
os pratos. Lavar prato, aliás, é uma grande terapia. Sempre adorei lavar
pratos. Hoje não. Não nesse sábado chuvoso e sem internet. Todo mundo nervoso.
A culpa é do sindico. Foi ele quem desestabilizou o país. Ele e o Sergio Moro,
que deu uns print no ‘zap zap’. Bem que minha mãe sempre disse que o zap zap
ainda ia acabar com a vida de muita gente. E tá mesmo. Nem o balde que fica
sozinho e solitário no banheiro foi cheio. Puro relapso e Lamento. Volta a
internet mas não tem água pra tomar aquele banho ‘rochedo’. Seis CDs, dois DVDs
assistidos e finalmente consegui organizar uma agenda mínima para o restante
dessa quarentena.
Domingo faltou luz.
Acordei com medo de o ventilador ter queimado aquele guerreiro. Não fazem nem
duas semanas, perdemos seu irmão mais velho. Quando voltou nada fazia mais graça. Lá fora
alguns vizinhos fazendo um churrasco e trocando tapas. Isso o sindico não vê.
Nem o sindico nem o ex-ministro da justiça, que agora tá aproveitando seus
quinze minutos de fama, dando entrevistas até para o Orkut. Nada demais. Só um
pouco de caos em um tempo de incertezas, isolamento e uns palavrõezinhos.
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