Empacotar a Vida. . .




Trinta anos da morte de Gilberto Freyre, trinta anos do lançamento do melhor disco do U2, “The Joshua Tree”, trinta anos sem o Carlos Drummond, trinta anos de eu. Gilberto Freyre foi contrário ao terror de Vargas, mas apoiou o golpe de 64, U2 é maior banda em atividade nos dias de hoje, e o Drummond era Drummond. Isso nem passa pela minha opinião. Aliás, nem precisa. 30 anos atrás e o mundo mudava, lento, sóbrio, sombrio ou não. 30 anos e agora eu vou indo de volta pra casa, empacotar a vida pra acordar em novos ares. Trinta anos. E quem sou eu, com esse meu egoísmo, pra poder falar, comparar meu mero nascimento com aquele ano onde o Sport clube do Recife foi campeão nacional? Pego algumas das minhas roupas, livros, revistas e gibis, coloco sobre a cama e vou, invariavelmente, separando coisa por coisa, canto por canto, pra modificar. No meio das tralhas, um diploma. E um diploma é só um pedaço de papel escrito sobre alguma coisa em algum lugar. Passo.




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