Sem Título (Mas com um ódio da mulestia)



Os homens rasgaram       
Os papéis
Os documentos
Fieis
A constituição
Anos de luta contra
O patrão
35, 2013, povo na rua, na luta,
Na marra, no chão. . .
- FORA!

Os homens-vampiros
Sugaram demandas
De anos adormecidos.
Estancaram o sangue,
Envenenaram nossos olhos,
                             Nossas fábricas, 
                                           nossos rios

E ambições.



COMERAM nossos
Sonhos.
VILIPENDIARAM nossos
Absurdos.
MULKTIPLICARAM nossos
Abusos
DESORDENARAM nossos
Corações.



Os homens de pedra
(por sua soberba)
Mergulharam nossos
Sonhos até tornarem
Tudo em leilões.


- mas quem disse que nos calaram?
- quem disse que nos destruíram?
- quem disse que os seus outdoors e auto falantes
Dizimaram nossos projetos,
Nossos processos,
Nossos protestos,
Nossa voz?



Os juízes
(de capa)
Podem até meter
Medo. . .
Eles fedem, pedem, fervem, inventam
(de suas próprias ventas)
Leis.

- são corruptos, esses políticos, todos eles?
Eu não sei.
Corram dos poetas, negligenciem, ordinariamente, suas reservas indiscretas,
Suas palavras doces
(às vezes amargas)
Rimas adocicadas, métricas agalopadas,
Odes, decassílabos,
1, 2, 3. . .

- “amor sem palavras?”
Charlie Chaplin!
Xeque mate
(que nem no xadrez)

Os homens de terno preto,
Gravatas beges, borboletas,
Não me metem medo
- e em vocês?

Não confio na polícia,
                        no patrão, 
                              nos homens de toga, 
                                     no apresentador do jornal das oito 
                                                                               nem na novela das Seis.


Não confio no político
Corrupto nem no empresário burguês.
- os homens rasgam as leis
Diuturnamente. . .


- e sabe o que eu quero mesmo?


“EU QUERO É QUE ESSE CANTO,  
                                                  TORTO FEITO FACA, 
                                                                                 CORTE A CARNE DE VOCÊS”. . .


Comentários