Seis de Maio de Quarenta e Cinco. . .




Não murchou a Rosa
E hoje se evidencia
Uma sinfonia
De melancolia
E aquela menina
Que, antes, sorria,
Agora é pó,
Partículas,
Cinzas. . .

Não murchou a Rosa
E ainda dura
Como uma ditadura
Mutila os
Corpos,
Aniquila os
Campos,
Multiplica o
Pranto
De quem
Não teve apelo.

Não murchou a Rosa
E o verso,
Que agora
Canto,
Não chega perto
O tanto
Dos rostos que
Ainda hoje
Vemos. . .

140 mil
Vozes
E todos esses
Rostos
Deixam se ouvir
O eco
Da paz que
Eu desejo.




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