Olavo era uma figura bacana:
músico nato
fã do RPM e dos Paralamas.
baterista testado:
Curtia Nenhum de Nós e o Paulo Ricardo.
Sua vida era uma aventura:
não sei se gostava do Sepultura.
Um cara, de fato, bem rico:
andava com a cabeça no mundo
imitando o Carlito.
Sua saúde era sempre um mistério:
ouvia Engenheiros, sua música, talvez,
era um Refrão de Bolero.
Devia ter nascido nos anos 80:
Pepeu Gomes, Nirvana, Blitz, Ira e mais uns quarenta.
Um dia deixou sua baqueta:
roupinha engomada sempre; será que gostava do Claudinho e Bochecha?
Se foi pra bem longe; mal se responde.
Um dia ele volta, jovem sempre se revolta,
acaba o medo, recorre ao Rock
de nove às nove, desenvolve o informe
quem não se comove?
Olavo, poeta,
foi de bicicleta,
olhou a guria, bateu com a testa,
uma outra ventura,
uma outra ternura,
agente lamenta...
-Mas como a vida é bela...
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