Linguisticamente Incorporado...





As minhas aulas de linguística 1 eram, no início, dominadas pelo sono. Um temido e terrível sono. Um estado de lentidão e preguiça, evoluindo e dominando todos os meus sentidos, levando-me a pensar em outros ares, outras coisas, almejar, desejar estar, viver o arcadismo. Pensava coisas pra não cair no sono. Era quase inevitável e profano. A cada novo instante necessitava do novo. Eu, sentado, me debatendo por dentro, me perguntando: por que será?
O estruturalismo era algo, assim, tão novo. Onde foi parar a minha vontade, de repente, de existir? Tudo, diziam, era culpa da tarde, vício de linguagem, e o vício estava em Saussure.

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