Eu que não deixo
Portas abertas
Ao entrar
E que diviso
Estrelas
Ao passar
De lado
De outros
Planetas
E de outros
Tantos erros
Que não cometi
Nem ouso
Explicar.
Eu
Que não retrato
O samba
E não costumo chorar
Por aquilo
Que perdi sem encontrar
Eu sem conselhos
Alheios ou odiosos,
Mística da pele
Aconchegada
Em tudo que pedi, nem
Olhei o bloco vir,
O bloco que criei em mim.
Eu, me queixando
Às pedras, e a pedra
É fria e feri
E faca, marca
Mais do que
Mata e não
Me deixa distrair
Só.
Eu, que ao contrário
De ti, não guardo
Sonhos
Nem trago planos,
Não me limito a choros,
“Dom Quixote De La Mancha”
Que não passa
Por aqui.
Eu, que mastigo
As saudades
Que alimentei aqui,
E parto sem me
Despedir
Nem dizer que passei
Ou se volto.
Eu, assim.
Ruim?
Comentários
Postar um comentário