Ao poeta do povo...




Comer um feijão preto
Bem temperado
Com cuscuz,
Bora?

Bota um molho
De alho,
Salpica um salzinho,
Dana pimenta do reino
E do povo
“uma cerveja antes
Do almoço”,
Aquele molho,
E um forró no rádio
Até num caber
Mais o rala Bucho.

Assim se regenera
O poeta do povo
Que não precisa
Carteira, coleira ou
Cordão de ouro
Cachê caro
Ou carro
Pra vim versar.

Uma lapadinha de
Cana de cabeça
Um tira-gosto
À gosto
E a sorte.

Depois um
Café bem forte
Pro mundo todo
Parar de girar
E a presença da
Nega
Que tá ali
Escondidinha,
Vendo o poeta,
Seu povo
Encantar.

“sabor do Sertão”...
O resto é
Detalhe é só
Balburdia, academia.
Desafiam mais
Desafinam.

O poeta taí na área
Vai encarar?

Poeta do povo
Que vive no povo
Que anda no
Povo
Que não esquece
Um só dia
Do que é
O amar.

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