Sobre as entrelinhas...







Não me peça versos
Para amanhã
À tarde
Nem agora
Tão cedo.
Escrevo para
O mundo
E para mim
Mesmo.
Interpretar
O enigma
Indecifrável
Da vida?
- quem dera!
Não procuro
Sentido oculto
Escondido nesse
Mesmo quadro.
O poeta não é
Preso de sua
Arte,
Não há arte
Pela arte,
Não há solidão
No papel em
Branco ou
No fim do dia.
Esse “por enquanto”
Pode até
Ser mil
Anos.
Não há Cascabulho
Sem Nação Zumbi
E não há Nação Zumbi
Sem Chico;
O resto são fases
E o Faces ainda persiste
Em mim.
Crime tentar
Prender o
Poeta, colher uma
Poesia que não
É sua e que
Não lhe deu.
Distante é
O cantar das crianças,
Que se enganam,
Sozinhas.
Eu passo,
Nada digo.
Certo estou:
Nunca, jamais,
Te dei ou te
Deixei lembranças.

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