O pagador de promessas

E saiu...
Carregando consigo corações cansados, carinhos
Cedidos, corpo calejado, cabelos caídos, comoção ao
Caminhar calado. “Calvário, cruz, calmantes”...
Deus, aos desgraçados deu detrimento de desacordos,
Desesperos dotados de desânimo, desobediência, dor de desafios.
E ele vai...
Leva lado-a-lado lugares livres, ladeiras levemente
Temperadas de liberdade, laços e livros.
Enxerga emoldurado em emoções esguias,
Euforias e encantamentos. Vai enforcando estradas,
Elogiando a escassez escondida, a escolta, a escatologia, os reis.
Presos param para pensar
-privilégios para poucos,
Paciência para muitos,
Palanques, passagens, pensamentos podres
Para prover-
Prisioneiros, pais-de-santo, putas e presidiários
prestigiam o pálido pandemônio se desenvolver
e passam pânicos, pendurados pelo pescoço,
paredes, papas, pequenas papeladas,
paradisíacos paradigmas para se ver.
Eles saem...
Mendigando momentos maravilhosos,
Mostrando marcas menosprezadas,
Moléstias maiores,
Misteriosas,
Misturando momentos.
“Cristo-cão. Cão-cristo”.
Coisa capaz de compensar coragens,
Cabanas, caminhadas carentes,
Cruzes capadas, corações com cores,
Carnificinas, coroas, carnes.
E ele irá nadar até chegar
Em lugar nenhum, mais tarde.
Irá suprir sua devoção
Numa esperança projetada.
Levará sua cruz, cairá cansado, chorará
Calado, irá desanimar,
Despedaçar, descongelar,
Desabrochar, descorçoar,
Desabafar, desmaiar..des...
“Mais um”...

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