A musa da janela

Quem dera, doce senhora,
deitar-me em teus agrados,
acariciar seus braços, torcer para
não amanhecer.

Fazer de tua janela um altar
Contínuo, recanto de paz, de sonhos
proibidos, frágeis segredos
de adormecer.

Quem dera que a compaixão
fosse o seu único atributo;
assim, descerias desse
imaculado templo que
te fiz,
receberias essas
toscas flores
que colhi,
repartiria
esses milhares de
beijos que
te dei...

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