Da Língua/Da Fala









Os formalistas que se formem!
Eu quero a liberdade
crítica
de uma realidade empírica,
trazida por um
novo código
em cada par de mãos.

Quero um discurso
forte,
a enunciação de um novo
amor em mim,
e todas as unidades
(fonéticas, rítmicas, grossas ou finas,
gráficas ou tristes, textuais ou melancólicas,
poéticas ou usuais, multiformes).

Todas abertas em si,
um novo olhar,
belo horizonte.

A linguística da língua ou
da fala?
-Falem!

De que me aproveita um
código se não se codifica
em mim?
a minha íngua, a minha sina,
a minha fala, minha sala de aula,
minha visão poética e prática
que insiste em não
desistir.

que se ferre a frase!
Unidade superior que chega
a análise.
quero as incessantes regulagens
que a determinam,
e que a deixa livre, frase, sopro de um
criador, professor, juiz.

A pragmática é uma praga!
E a escola de Praga, não quero nem
comentar. A visão funcional da língua,
“um sistema de meios apropriados à um fim”.

Não busco nem fim
nem meio; quero descobrir todo
esse começo, arrebatador começo,
de quem já acordou assim.

“Givon, Dik, Doroth, Benveniste”...
epistemologias imanentes. Palavra. Antinomias.
Pragmática. Previsão. Proteção. Palavrão. Crime!

E o poeta, no meio disso
tudo,
tentando decifrar
o mistério
de um simples
“sim”.

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