Consolo em Casa













Vamos, não chores.

A 6° série está perdida

A 7° série está perdida

Mas o colégio não se perdeu.



O primeiro ano passou.

O segundo ano passou.

O terceiro ano passou.

Mas a oitava série continua.



Perdeste a maior nota.

Não tentaste a recuperação.

Não tens borracha, lápis, caneta.

Mas tens o chão.



Algumas bolinhas de papel,

Jogadas com velocidade máxima

Te golpearam.

Mas, e o professor?



A equação do 2° grau não se resolve.

Na sombra dos ombros do teu colega da frente

Tentaste uma fila inútil.

Mas, virão outras.



Estás reprovado.

Devias jogar-te de vez

Pela janela;

Nos livros.



Estás deitado no sofá,

Com os pés na cadeira e com um filme antigo...

Dorme, meu filho.

Comentários

  1. Esse é mais um rabisco. Uma tentativa de parodiar um grande verso do maior poeta de nossa literatura nacional, Carlos Drummond de Andrade. O poema em questão (Consolo em Casa) foi parodiado em 2005 ou 2006, não me recordo bem. Portanto, desculpem a minha presunção de fazer uma coisa dessas, com uma verdadeira pérola de nossa literatura.

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