AOS OUVIDOS DOS SENSÍVEIS DE CORAÇÃO

“Os bosques são belos, sombrios e fundos; mas há promessas a guardar, e muitas milhas a andar antes de poder dormir”...




Ilusão de classe, exploração do homem pelo homem, miséria e degradação. Muito disso e ainda mais, num mundo dito/tido como globalizado. Lugar de mentes brilhantes e pensantes que pensam só pra sí. Individualistas. A corrida do conhecimento é hoje o receber de aplausos para o amanhã. Para que serve o saber? Colecionar tapinhas nas costas, exibir diplomas, proferir palavras belas, decoradas friamente? Enquanto isso o imperialismo ri, e ri desesperadamente daqueles que são tão vazios quanto a falsa informação contida em suas revistas, o falso informe da televisão, a máscara patética e mal arrumada do partido que se vendeu pra garantir seu milhão, e o homem do milhão, que agora se despedaça sobre suas ruínas.
O confronto entre o ser e o ter, mais uma vez evidente e a mídia camuflada desata o nó da gravata. Como esconder tamanha verdade, tapar o sol com a mesma e velha peneira usada? O povo repudia quem os engana, rouba e ameaça. As massas apontam o dedo da advertẽncia para aqueles que sempre o usurparam. Imperialistas covardes. Começam a lhes caírem as máscaras. E eu passo por algumas casas; o pai sem trabalho, a comida não está na mesa, que nunca foi farta, o rádio e a TV ligados anunciando bobagens religiosas, promessas de outra vida, anunciando cotidianamente, suas desgraças. As casas não possuem muros ou proteção alguma, no entanto, ostentam pequenos símbolos uma outra agonia: antena parabólica, uma moto simples numa garagem e o falso sentimento de estar evoluindo lentamente, chegando em algum lugar.
De repente, caem as correntes das poltronas que os prendem, desligam-se as selas coloridas que os cegam e tomam as ruas, derrubando as velhas e falsas máscaras, desse sistema vil que os subestimam e os impedem.

“Escuto os ventos do futuro, com seu secreto bater de asas, que trazem boas novas aos ouvidos dos sensíveis de coração”.

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