Canções de amor e de despedida



O dia da vitória é tão doce e duradouro, repete-se na mente daquele que o viu, eternamente. Hoje, meu antigo colégio recebeu a dádiva suprema de poder começar do zero. Que maravilha. Poder sentir a liberdade viver novamente em seus corredores. O sol voltou a mandar seus raios sobre aquele antigo mausoléu, e havia vida apesar das duvidas e anos de sucateamento.

Agora não guardo remorso algum. É doce o gosto da vitória. O homem batalha para conservar seu nome em antigas lembranças, imagens inocentes, palavras no escuro, correntes. O homem persegue a iluminação, o conhecimento, o reconhecimento, contudo, se esquece que sua limitação óbvia o impede de seguir naturalmente.

Creio que foi exatamente o que aconteceu, naquele velho prédio, cheio de antigas saudades e imagens de sonhos. O homem que esquece seus verdadeiros planos e sonhos, torna-se aquele que persegue. Homem, multidão de sonhos e angustias. E lá estou: cercado por aqueles que não viram o começo de tudo. Violão na mão, fantasmas retornando, passando sobre meus olhos cansados como um velho filme francês, e aquela certeza, em forma de canção, se ouvindo: “nada do que foi será, de novo, do jeito que já foi um dia”.

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