O óbvio.



Era uma menina e os olhos não negavam isso, de maneira alguma nem de modo algum. Os olhos não escondiam seus medos e desejos de se tornar cada vez mais pura (lástima?). Não há segredos nos olhos quando os olhos estão escondidos (pensava).

Era uma menina, uma mulher, uma vocação. Uma voz no escuro num dia de chuva. A menina cresceu; tornou-se algo mais que a luz após a tempestade; virou mulher. E para poucos, que se tornaram muitos, e a viram de frente, os aplausos. Para os que não a viram, a calma por intermédio, pois a verão. Sim, a verão. “Como num sonho perfeito”.

Era uma menina, uma mulher, uma voz no escuro. Agora uma estrela que ainda está aqui, em silencio. Saberemos preservar essa riqueza? Pedaços de retalhos de tecidos caros, formando um imenso texto para se dizer (seduzir)?

Era uma criança. Só e nada mais. Porem cresceu criança e cativou em todos que a viram nos palcos (que se tornaram muitos), contemplando o multiplicar (absurdo), inesperado dos rumores de guia para algum lugar mais calmo (teu olhar).

E quem sabe assim me convença, finalmente, que é teu todo esse carinho tranqüilo,e tudo aquilo que se cativou, cresceu, esteve aqui, teve razão para ficar acordado e nos lembrar que nessa manhã (outro dia) não será tão tarde.

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