Taí? Não.
Há pessoas que trocam a liberdade do acordar cedo, sair, voluntariamente para mais um dia de dedicação, pela obrigação do chegar na hora do patrão e a venda da força de suas mãos.
Há quem prefira o acordar da ressaca em detrimento do por do sol da esperança, e praticam a caridade: pão e sopa, roupas para os menos afortunados, meras desculpas de Natal, para deitar a cabeça no travesseiro, se vangloriar mais tarde, ter a falsa sensação do “fazer sua parte”.
Há quem troque uma vida de lutas por um bando de palavreado decorado, rezas repetidas ao som de velas e petições. Coitados; mal sabem que o céu é pago, o suor vendido, o sistema falido e o silencio é a pior navalha, que sangra sem se notar.
Nos ensinaram que devemos nos manter calados; não podemos questionar nada, e que aqueles que possuem opinião própria estão condenados, fadados ao bruto erro baldio. Questionadores, rebeldes, subversivos, geradores de tumulto.
E não sabem eles que há quem lute diariamente, silenciosamente ou não. E há quem se venda todos os dias; esses, ainda não notaram as cadeias que os prendem, as correntes que os cercam, as asas que lhe faltam nascer.
Existe a idéia de luta, por trás do escambo disfarçado, como o escravo que trabalha cabisbaixo, esperando merecer a liberdade...
ResponderExcluirD.Ch
Marxismo-leninismo. Basicamente. Mais valia ou tradição?
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