Pra começar bem o dia...

Ponho-me diante de um velho dilema em mais uma hora do dia: a velha contradição do SER e do FAZER. As palavras do poeta gritavam no meu ouvido: “algumas pessoas lutam toda vida; os imprescindíveis”. Nos dias que se seguem, esse maldito sistema capitalista tenta, mais uma vez, te recompensar. É o sono mais gostoso de manhã, um banho mais demorado de tarde, e uma vontade louca de se calar, de fechar os olhos para aqueles mínimos detalhes, sem reconhecer que toda a culpa por estar aqui é sua, e tens a chave para solucionar a causa desse medo ruim.
Teu medo te condena, ameaça sempre sem que se abra a mente para compreender o fim. Perdem-se aos gritos aqueles que desejam não manchar seu pobre nome, esconder a face para não ver seus castelos de palavras caírem. Não fazemos nada. Os esclarecidos se escondem em traças; políticos criam modos ardilosos de se pronunciarem banais, exageram em elogios para prender. Onde está o povo? Qual a solução ou caminho para se resolver? Serei imprescindível? Serei... Eu. Lutando para ser uma luz após o fim de mais um túnel, blecaute insano, taxado de louco e de sozinho, mas conduzindo uma multidão.

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