Sobre a Poesia Contemporânea







A poesia contemporânea tende a ser bem mais aberta e livre não se prendendo mais num tempo de tanta informação e velocidade, toca de conceitos e etc. o celular e o carro que hoje é lançado, amanhã já são ultrapassados. Não cabe mais aos poetas o “esconder poético”, como se fazia em outras épocas seja por uma ditadura ou um preconceito intelectual nojento da elite superior de nossas letras.

A poesia assume hoje um caráter de quem passa mais que deixa rastro, imagem, cheiro e não se satisfaz em morar em mentes ou prateleiras; ela ganhou à rede, o mundo, as mãos delicadas das crianças ou a calejada de um senhor trabalhador.

A poesia contemporânea é direta e objetiva, sem muito arrudeios. Se gosta, gosta, caso contrário, paciência. Poetas como Miró, França, Joy, Caneca, Esperantivo e tantos outros exibem seus quadros de palavras de forma linda e livre, sem prisões. Há quem menospreze o poeta o “fazer-se” poeta: Orkut; Blogs, MSN, E-mails... tudo isso já é uma arma em favor da “nova publicação”. Tal atitude não admite pensamentos inimagináveis ou teorias indescritíveis, ao mesmo tempo em que se tornou a arte da vida de mão dupla, de fato.

Ao ler Drummond se prepara uma resposta, ao passo que ao se vê, ouvir, modelar, montar Miro, só pra citar um grande e bom exemplo, se necessita de imediato complemento, um algo a mais, a contrapartida do leitor, que nesse caso vai além do simples ato de ler. E esse é o nosso mais novo momento, onde o poeta definitivamente não está só, não se sente só e não escreve apenas para agradar o seu próprio gosto, atrair um círculo de leitores, ou até mesmo angariar nome para si. Hoje a poesia é livre e liberta, cumprindo verdadeiramente seu papel. Como sempre deveria ser.

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