Sobre as luzes da cidade





Estou tentando assistir a um filme já faz uns três dias e não consigo. O motivo: meu aparelho de DVD resolveu protestar contra mim. Deve ter sido a falta de atenção, bichinho... fica ali, no canto da casa, com frio e só é solicitado em alguns fins de semana ou feriados. “Bem que minha mãe me avisou!”

“Luzes da cidade”. A linda história de um pobre vagabundo que se apaixona por uma vendedora de flores, e de repente, assim, do nada, descubro o gênio que é CHARLIE CHAPLIN. “Amor sem palavras, cinema mudo” e as luzes da cidade: pequenos detalhes tornando as mínimas coisas tão GRANDES da forma como deveriam ser.

Meu DVD com raiva de mim por não nota-lo, e eu louco, esperando o fim do que me parece um sonho bom: “luzes da cidade”. E se fossemos todos assim? Se fizéssemos um tudo para ver quem se admira perto, vivo, como numa esquina qualquer, num dia qualquer, encontrar o verdadeiro querer, nem que seja vendendo algumas flores?

O cinema atual perdeu muito o brilho de outros tempos. Criam-se mundos e coisas, mas se esquece da beleza do que é simples. Esquecem-se da receita que se é preciso seguir: “ouvir uma linda canção de amor, olhar uma paisagem comum, escrever e refletir, esperar que chegue o fim e reconhecer todo o brilho que existe nas luzes da cidade”.

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